domingo, 30 de maio de 2010

Carta: Em defesa de um Correio Público e de Qualidade!

Hoje (26 de maio), nós, trabalhadores e trabalhadoras dos Correios, estamos paralisando as atividades em todo o Brasil. Tomamos esta iniciativa para chamar a atenção da sociedade para as precárias condições trabalho a que temos sido submetidos. Da mesma forma, queremos esclarecer os reais motivos dos atrasos nas entregas e identificar os verdadeiros responsáveis por esta situação. Somos trabalhadores conscientes da importância dos serviços postais, do papel estratégico que a ECT desempenha para o desenvolvimento econômico, social e cultural do País, e queremos o melhor para a Empresa. Mas, infelizmente, nem todos pensam assim.
Não faz muito tempo, a ECT gozava de grande respeito e prestígio. A marca CORREIOS era reconhecida como verdadeiro patrimônio nacional. Há três anos, em uma pesquisa realizada por um instituto internacional, com sede em Nova Iorque, a ECT chegou a figurar entre as 50 empresas mais respeitadas do mundo e entre as cinco mais confiáveis do Brasil. Em outra pesquisa, mais recente, abrangendo 27 países, em seis continentes, a Empresa figurou entre as 50 de melhor reputação, sendo a primeira, entre as empresas de correios. No entanto, nos últimos anos esta situação se modificou rapidamente. Atrasos na entrega de correspondências, documentos e objetos postais passaram a ser freqüentes, gerando grande descontentamento e insatisfação por parte de usuários e clientes. Paralelamente, as condições de trabalho na Empresa foram se deteriorando e os trabalhadores passaram a acumular intensa sobrecarga. O que aconteceu, afinal?

1. Monopólio Postal ameaçado

A crise econômica internacional fez com que os grandes capitalistas voltassem os olhos para a atividade postal. Em todo o mundo, esse mercado chega a movimentar centenas de bilhões de dólares por ano, e é operado, na grande maioria dos países, em regime de monopólio, por empresas públicas, como ocorre no Brasil. Nos últimos anos, os capitalistas têm trabalhado intensamente pela quebra do monopólio postal: querem ingressar neste mercado, arrebatando a maior parte dos lucros, mas sem as preocupações sociais de uma Empresa Estatal como a ECT.

2. Como quebrar o monopólio?

De olho nesse mercado, os grandes grupos capitalistas, nacionais e estrangeiros, atacam em duas frentes. Pela via legal, no Congresso Nacional, e diretamente sobre a Empresa, forçando a sua privatização, por meio da abertura de capital. Atualmente, as duas estratégias estão em andamento. No Congresso, tramita um Projeto de Lei que acaba com o monopólio postal (PLC nº. 3677/08). Já, no Ministério das Comunicações, um Grupo de Trabalho, que não contou com qualquer participação dos trabalhadores ou de representantes da sociedade, preparou uma proposta que visa transformar a ECT em S/A.

3. E o que justificaria a quebra do monopólio?

É aí que reside o X da questão. Como não havia argumentos que justificassem a necessidade de quebra do monopólio ou de privatização da ECT, era necessário criá-los. Afinal, até há pouco tempo, a Empresa era considerada um modelo de eficiência e organização. Portanto, para quebrar o monopólio postal ou privatizar a ECT, sem que isso gerasse maiores resistências, era preciso criar um ambiente de descontentamento; de insatisfação com a qualidade dos serviços prestados pela Empresa. E é exatamente o que está acontecendo. Uma precarização deliberada, forçada pela Direção Nacional da ECT.

4. Como se dá essa precarização?

Imposição de condições de trabalho insatisfatórias, com baixos salários e efetivos reduzidos, gerando intensa sobrecarga para os empregados, filas nas agências e atrasos constantes nas entregas domiciliares em todo o Brasil. Pressionada pelos trabalhadores, a direção da ECT abriu inscrições para a realização de um concurso público. Mais de um milhão de pessoas se inscreveram, mas, um ano depois, nem sequer as datas das provas foram divulgadas. E o pior. Nesse período, a Empresa abriu um Plano de Demissão Voluntária a que milhares de trabalhadores aderiram, agravando ainda mais a situação.

5. Quais as conseqüências da quebra do monopólio?

Em nosso país, os Correios estão presentes em todos os municípios, fazendo a entrega de objetos postais com tarifas abaixo dos valores de mercado, em todo o território nacional. Isto só é possível porque o lucro obtido pela ECT nos grandes centros urbanos subsidia os custos que a Empresa tem que arcar para poder atender aos municípios pequenos e mais distantes. Nenhuma empresa privada ousaria fazer o mesmo, com os preços cobrados pela ECT, porque elas têm por objetivo central o lucro. O interesse dessas empresas é ficar com o "filé" do mercado, penalizando usuários que ficarão sem atendimento adequado em diversas localidades.

6. Mas, afinal, quem são os responsáveis por essa situação?

Por este caos, nós responsabilizamos o atual presidente da ECT, Carlos Henrique Custódio, e o Diretor de Recursos Humanos, Pedro Bífano, que nem sequer pertencem aos quadros da Empresa. Ambos estão cientes dos problemas enfrentados pelos trabalhadores e nada fazem, jogando a responsabilidade pela queda da qualidade dos serviços sobre os ombros dos carteiros e atendentes. Estes, inclusive, estão sendo agredidos verbalmente e fisicamente por alguns clientes, que ainda não compreenderam as causas da situação.

7. E o que a população pode fazer?

Diante deste cenário, nós, trabalhadores e trabalhadoras da ECT, pedimos a solidariedade da população ao nosso movimento, enviando uma mensagem de apoio a essa luta e pela exoneração do presidente da ECT, Carlos Henrique Custódio, e do Diretor de Recursos Humanos, Pedro Bífano, para a Presidência da República (sg@planalto.gov.br). Você também pode ajudar divulgando essas informações e denunciando irregularidades. Os trabalhadores dos Correios do Rio Grande do Norte agradecem o apoio à luta por um Correio Público e de Qualidade.

sábado, 29 de maio de 2010

INFORME 020 DA FENTECT, PLR

INFORME 020 DA FENTECT,                                                                    BRASÍLIA-DF 27/05/2010.


PLR/2009
AOS SINDICATOS FILIADOS; DIRETORIA COLEGIADA DA FENTECT e COMISSÕES DA FENTECT

Companheir@s (os), hoje a Comissão Permanente de Negociação da FENTECT esteve reunida com a direção da empresa para dar continuidade às negociações da PLR/2009, conforme estava agendado. Mais uma vez, o diretor de Recursos Humanos, Sr. Pedro Bifano, não apresentou uma proposta oficial, informando apenas que existe uma possibilidade de ser liberada a quantia de 104 milhões para ser distribuídos entre 113 mil trabalhadores que estão aptos recebê-la.

Sobre a proposta de 2.000,00 (dois mil reais), aprovada na 34ª Plenária, e protocolada na ECT em 05/05/2010, o diretor afirmou que a empresa não tem como pagar.
Nesta reunião o diretor apresentou números onde aponta um valor máximo de R$16.368,82 (dezesseis mil, trezentos e sessenta e oito reais e oitenta e dois centavos) e um mínimo de R$836,00 (oitocentos e trinta e seis reais) para os que atingirem todos os critérios estabelecidos.
Porém, segundo o Sr. Pedro Bifano, tudo isso ainda depende da aprovação do DEST e da REDIR. Ou seja, concretamente foi mais uma reunião improdutiva, onde não houve avanço.
Não ficou marcada nova reunião, a empresa ficou de agendar com a FENTECT após o

fechamento dos balancetes da empresa, que se dará até o dia 31 de maio 2010, prazo final estabelecido pelo o governo, segundo a ECT.
Mais uma vez a comissão da FENTECT reafirmou a proposta aprovada na 34ª Plenária Nacional, a qual deve ser paga de forma linear.

Saudações Sindicais,


José Rivaldo da Silva                 Amanda Gomes Corsino                    Geraldo Francisco Rodrigues
Secretario Geral                     Sec. de Finanças em exercício               Secretário de Política Sindical


Jim Marcelo Bahia
Sec. dos aposentados